alergia alimentar
condimentos, bebidas e aditivos
Os condimentos são alergênicos, de um modo geral, quando ingeridos e por isso geralmente produzem sintomas alérgicos no aparelho digestivo, como vômitos, cólicas, diarreias e inchaços e/ou lesões na boca e na garganta.
Em alguns casos podem causar sintomas gerais no corpo mais graves como urticárias na pele, sintomas respiratórios, cardiovasculares e a anafilaxia. O que causa a alergia são proteínas presentes nesses alimentos, os alérgenos, e basta uma pequena quantidade destes para desencadear as crises, que podem ocorrer de minutos a horas após a ingestão.
Os condimentos provocam poucas reações alérgicas, atuando na maioria das vezes como irritantes no aparelho digestivo. Têm sido encontradas raras sensibilizações à pimenta-do-reino, à mostarda, ao pimentão e à hortelã. A mostarda é altamente sensibilizante na Espanha e na França, que são país que a utilizam bastante na culinária, mas aqui no Brasil a frequência é baixa. O vinagre revela-se como sensibilizante pela presença, no seu fabrico, de uvas ou maçã, malte de cevada, melaço, xarope de milho e conservantes.
As bebidas alcoólicas raramente provocam reações alérgicas, que podem ser mais pelos seus componentes ou pelo material usado em seu preparo. Têm, porém, influência nas manifestações alérgicas, podendo agravar os sintomas. O café, o chá e o mate, apesar de serem muito ingeridos, são raríssimos sensibilizantes e só em poucos casos se encontram produzindo alguma reação. O fator alergizante neles pode ser a cafeína. Nesses casos, deve também ser evitada a “coca-cola”, que entre outros ingredientes contém: suco de lima, glicerina, caramelo, ácido fosfórico, noz de cola, óleos essenciais de canela, noz-moscada, coentro, limão, laranja e a citada cafeína.
Todas as bebidas, se adoçadas com produtos artificiais, podem também ocasionar urticária, entre outras alergias. No mais, aditivos como os sulfitos, usados como conservantes, podem provocar reações cutâneas ou respiratórias em bebedores de cervejas e vinhos. Os aditivos de alimentos que mais frequentemente provocam alergia são a tartrazina (corante amarelo), o glutamato monossódico (intensificador de sabor) e o metabissulfito de sódio (conservante).
A tartrazina é um corante artificial que aparece nos alimentos industrializados, segundo a legislação brasileira, sob o código CII, sendo encontrado em alimentos como manteiga, margarina, macarrão, balas, doces, queijos e bebidas (refrigerantes, sucos artificiais amarelos, etc.). Também é utilizada em cosméticos e medicamentos, para dar cor amarelada aos seus componentes; o glutamato monossódico é um aditivo alimentar muito usado pelos orientais, mas que ultimamente tem sido bastante difundido em nosso meio. É empregado para realçar o sabor dos alimentos em temperos artificiais e na culinária chinesa. Provoca quadros de urticária e muitas vezes desencadeia dor de cabeça. É a chamada “Síndrome do Restaurante Chinês”.
Os sulfitos (dióxido de enxofre e potássio, sais sódicos de sulfito, bissulfito e metabissulfito) estão entre os mais antigos e mais disseminados aditivos alimentares, dependendo da quantidade, provocam crises súbitas de asma ou urticária. São usados como antibacterianos e antifúngicos em muitos alimentos, bebidas e medicamentos. Aparecem nos produtos, segundo a legislação brasileira, com o código industrial P:V, grupo dos conservantes. São encontrados principalmente em: Refeições de restaurante (saladas, batatas, camarões, etc.), alimentos e sucos desidratados, conservas e vegetais preservados, camarão e outros crustáceos, vinhos, cerveja, sucos de fruta e leite em pó, medicamentos (em pequenas quantidades) principalmente na forma de soluções para uso tópico ou injetável.
Para desenvolver a alergia, o alérgico deverá ter tido algum contato com o condimento ou aditivo previamente e esta deve ser ingerido algumas vezes antes de se começar a apresentar os sintomas. Com o quadro de alergia estabelecido, com o tempo pode haver uma diminuição natural da gravidade ou mesmo cessar a alergia. Contudo, quando comparado com outras alergias, as para condimentos ou aditivos podem perdurar a vida toda, sem diminuir ou desaparecer com o tempo.
reações cruzadas eventuais
Alguns alérgenos estão presentes nos mesmos condimentos ou bebidas e por isso elas podem causar reações cruzadas entre si, ou seja, uma alergia a um condimento pode significar uma alta probabilidade de alergia a outro condimento.
atitudes para ajudar a controlar a sua alergia:
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Leia freqüentemente e atentamente a lista de ingredientes no rótulo dos produtos, incluindo a seção de "pode conter", para confirmar a ausência do alérgeno. Atentar principalmente para produtos industrializados, molhos e sobremesas e leve em consideração o fato das empresas mudarem constantemente os ingredientes de seus produtos.
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Atentar para talheres, panelas, grelhas, chapas e utensílios de cozinha "sujos" com o alérgeno, para evitar a contaminação cruzada, ou seja, que o alimento alergênico passe de uma porção ou guarnição para a outra. Lembrar que uma pequena quantidade do alérgeno já é capaz de desencadear as crises.
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Cuidado com refeições em restaurantes e lanchonetes, lugares onde a contaminação cruzada pode ocorrer mais facilmente.
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Ensine as crianças alérgicas quais os alimentos elas devem evitar e para que elas informem seus professores e cuidadores.
alérgenos mais comuns:
Os condimentos e aditivos mais frequentemente causadores de alergias no Brasil são:
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Café.
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Levedura.
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Mostarda.
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Tartrazina.
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Glutamato monossódico.
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Metabissulfito de sódio.
Os condimentos estão disponíveis na forma de extrato alergênico para o diagnóstico cutâneo (na pele), através dos testes de puntura e/ou intradérmico.