doenças alérgicas
alergia alimentar
A alergia alimentar compreende um grande conjunto de sintomas clínicos diferente sendo, por essa razão, um desafio para se diagnosticar. Sintomas gastrointestinais, como náusea, cólicas, vômitos e diarreias podem ocorrer, assim como manifestações em outras partes do corpo como dermatites (na pele), respiratórias como a asma e mesmo as generalizadas como a anafilaxia.
O trato gastrointestinal, composto de órgãos como o esôfago, estômago e intestino, entram em contato todos os dias com uma infinidade de nutrientes, substâncias inertes, micróbios bons (a flora ou microbiota) e ruins (os patógenos). A superfície desse trato, a mucosa, é capaz de diferenciar cada um deles. A alergia alimentar ocorre quando proteínas presentes nos alimentos, os alérgenos, reagem com anticorpos presentes nessas mucosas, causando uma inflamação local ou mesmo que pode evoluir para o corpo todo.
A alergia alimentar é uma condição comum e tende a melhorar espontaneamente, com ou sem tratamento, se iniciada em crianças pequenas (abaixo de três anos de idade). Isto, pois há uma maturação dos sistemas gastrointestinal e de defesa do corpo (imunológico) dessas crianças além de um processo que chamamos de tolerância, onde o corpo passa a aceitar os alérgenos. Este é um fenômeno muito comum nos casos de alergia a leite de vaca.
Entretanto, as reações que começam após os três anos de idade ou que persistem por mais de quatro anos, tendem a permanecer por toda a vida. Geralmente isso acontece com determinados alimentos, como o amendoim, nozes, peixes e camarões.
O melhor tratamento para a alergia alimentar é a exclusão do alimento alergizante da dieta (tratamento dietético). Para isso tem-se que levar em conta a chamada reatividade cruzada, que ocorre quando a pessoas alérgica a um alimento possuem reação a outro alimento semelhante. Exemplo, uma pessoa alérgica a camarão pode, ou não, vir a ter reação contra caranguejo.